Por definição, um consumidor nada mais é que uma pessoa que adquire ou consome algum tipo de produto ou serviço. Essa relação de consumo que existe há muitos séculos nunca permaneceu paralisada por muito tempo. Sempre sofreu influências sociais, econômicas e principalmente culturais que incentivaram ou retraíram as relações de consumo.
Hoje, em plena era da tecnologia e informação, temos um perfil de consumidor que evoluiu significativamente em menos de 30 anos, afetando diretamente não apenas o comércio, as vendas e também a economia, mas principalmente influenciando na forma de atração desse novo consumidor.
Há algum tempo, o consumidor era acostumado e condicionado – por falta de opções de locais de compra – a freqüentar lojas e empresas que vendiam produtos que eles necessitavam, como por exemplo, o feijão. No tempo de nossos avôs, comprava-se apenas feijão e não feijão desta ou daquela marca, pois não havia muitas opções à escolha, principalmente em cidade pequenas onde se predominava os conhecidos armazéns. E consequentemente o consumidor não tinha como escolher muito os produtos. As opções eram poucas, as marcas eram poucas e os produtos feitos de forma genérica, ou seja, produzia-se para necessidades gerais dos indivíduos.
Mas não é mais assim. A sociedade tem sofrido muitas influências, mudando a cada dia suas características e com essas mudanças mudou-se também o perfil dos consumidores.
Conquistar e satisfazer as necessidades de nossos consumidores e clientes não é tarefa fácil para os comerciantes. Visto que o perfil do consumidor está extremamente diferente do perfil que o comércio conhecia.
As empresas hoje lutam para conquistar seus consumidores com produtos cada vez mais parecidos com seus clientes, cada vez mais se enquadrando no que o cliente espera daquele produto. Por exemplo, quando vamos ao supermercado comprar xampu, não compramos aquele que serve para todos os cabelos, mas sim aquele que é indicado para nosso tipo de cabelo. Este é um simples exemplo do que as empresas hoje fazem para ir ao encontro das necessidades de seus consumidores, afinal cabelos ondulados e oleosos não são iguais a cabelos secos e lisos.
Para conseguir conquistar de vez esse consumidor, precisamos entendê-lo e só assim poderemos satisfazê-lo a ponto de voltar sempre em nosso estabelecimento.
O comerciante que não procura entender seu cliente e não se adéqua aos novos hábitos de consumo; ele corre o sério risco de ficar pra trás e ser trocado por outro, pois o consumidor não tem obrigação de comprar na empresa dele, mas sim naquela que o satisfaça, afinal, ele está pagando por isso.
Perceba algumas características do consumidor de hoje e verifique se você se enquadra em algumas delas:
- Exigente: o consumidor está cada vez mais exigente com o que consome. Ele não quer apenas um produto, ele quer atendimento diferenciado, cortesia, educação, higiene no estabelecimento, etc afinal ele paga por isso.
- Informado: hoje o consumidor sabe o que quer e está consciente que em uma relação de compra, ele tem seus direitos reservados em lei pelo Código de Defesa do Consumidor e qualquer abuso ele pode requerer esses direitos.
- Crítico: podemos e devemos exigir o máximo da empresa da qual estamos levando o produto ou contratando o serviço. E, sobretudo, devemos e podemos reclamar e mencionar que não estamos satisfeitos com o atendimento, por exemplo, que ainda em nossa cidade deixa muito a desejar.
As empresas precisam dar mais atenção a quem dá lucro e as mantém abertas. Esse alguém é o consumidor. Ele merece nossa atenção e dedicação. Com ações simples no dia-a-dia você conquista seu cliente e ele sempre vai voltar, pois se sentiu bem em sua empresa, encontrou o que precisava e melhor de tudo: saiu satisfeito.
Preço hoje não é o maior diferencial, mas sim a qualidade do produto e seu prazer em levar juntamente a isso um ótimo atendimento, cortesia, educação e respeito. Um simples e natural sorriso tem o poder de quebrar toda barreira que o cliente pode sentir em comprar na sua empresa.
Mas onde estão as empresas e os proprietários que não enxergam isso?
Onde estão os vendedores que priorizam o lucro, a comissão e esquecem que o cliente precisa voltar para ele completar um bom ciclo de venda?
Por que focar minhas ações no lucro se eu dependo do cliente para obtê-lo? Não seria mais prático e consciente focar minhas ações para o cliente – que me trás o lucro – do que nas margens de lucro que podem variar até mesmo com a economia do país?
Ficam aí algumas reflexões tanto a nós consumidores quanto aos comerciantes, afinal, o consumidor tem o poder de fechar qualquer empresa e demitir qualquer patrão. Como? Basta ele passar a comprar na loja ao lado.
Com os devidos créditos:
Marcelo Augusto Mira Pugim
Publicitário, Professor
Esp. em Marketing e Vendas
Esp. em Psicologia Organizacional